terça-feira, 17 de agosto de 2010

Afraid

Agitação. Cada fibra que compõe meu corpo parecem estarem se movimentando sem minha permissão. Em meu cérebro as cenas passam como se estivessem sendo adiantadas, só vejo vultos. Me amedrontam. Medo, indignação. Sentimentos que ocorrem todos ao mesmo tempo.
Pessoas estão me amedrontando mais que os monstros que habitam meu interior. Parece um sonho. Procuro por entre os rostos, embaralhados em meio aquela multidão, algum que eu reconheça. A escuridão atrapalha. Não sei se estava realmente escuro ou se meus olhos se adaptaram as fantasias de minha mente.
Finalmente reconheço um. Em situações em que me encontro em meu estado normal, esta atitude jamais seria verídica. Movi-me do lugar onde eu me encontrava paralisada, ou não. Eu deveria estar inquieta sem ao menos perceber. Enfim, eu precisava sair daquele ambiente, não hesitei em ir de encontro àquele rosto. Conforme me aproximei, reconheci um outro. Os dois serenos, totalmente o contrario do meu estado. Não pensei em um motivo concreto para fazer isso. Afinal, o que poderiam fazer.? Pensar que sou louca, óbvio. Talvez eu tenha lido isso em seus olhos ao se direccionarem para mim.
Nervosismo, tão grande e impulsivo que o levou a me olhar assustado e acreditar que eu estava chorando. Fiquei mais agitada quando as palavras começaram a saltar de minha boca.
Ainda desconheço o motivo que me levou a tudo isso. Eu, talvez apenas precisasse de alguém que me acalmasse. Eu previ que não me controlaria, como venho fazendo. Eu ofenderia alguém. Queria poder, naquele momento sair correndo e me trancar em meu quarto como sempre faço. Impossível.
E a agitação, o medo e o pavor ainda me habitam...

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